Diabetes e os dentes: prevenção e cuidados são essenciais

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20 milhões de brasileiros têm diabetes, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes; saiba mais sobre a relação da diabetes e os dentes

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, com base no último Censo, 20 milhões de brasileiros apresentam a doença, mais de 10% da população. Com a crescente dos números, é possível se exigir alguns cuidados especiais em relação à saúde bucal. Isto porque, segundo pesquisas, o diabetes e os dentes são vias de mão dupla em relação às doenças periodontais ou gengivais.

“Alguns estudos indicam que diabéticos estão mais suscetíveis aos problemas bucais e, ao mesmo tempo, as doenças periodontais podem afetar o índice glicêmico, potencializando a doença”, explica Sergio Correia, dentista em Curitiba especialista em Periodontia.

Com essa via dupla, pessoas não diabéticas também precisam ficar alertas às infecções bucais para não se tornarem portadores da doença. “Não dispensar a visita periódica ao dentista é o primeiro passo, além da higienização completa em casa”, diz.

Relação do diabetes e os dentes: níveis de glicemia

A mudança nos níveis de glicemia em geral, seja para mais ou para menos, pode acarretar na perda de dentes e outras alterações bucais, como demora nas cicatrizações, aftas, úlceras, infecções, cáries e candidíases, o famoso sapinho. Além disso, ficam mais propensas às infecções bucais, que podem agravar para outros casos, como as gengivites, devido à diminuição da saliva e ao aumento de glicose na língua.

Mas não é só com a glicemia alta que se deve ter atenção: os níveis baixos também podem trazer problemas para o paciente e devem ser informados ao dentista.

A hipoglicemia, caracterizada pelo baixo nível de açúcar no sangue (menor que 70 mg/dL), pode acontecer durante o jejum ou com a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e o uso de alguns medicamentos. Os principais sintomas são transpiração e salivação alta, palidez, náuseas, entre outros.

Em casos mais avançados de falta de glicose no cérebro, os sintomas se agravam para atividade mental anormal, visão embaraçada, dificuldades na fala, convulsão e até o coma.

Hipoglicemia na consulta com o dentista

Com o acúmulo do nervosismo, ansiedade ou estresse durante uma consulta ao dentista, é comum acontecer a hipoglicemia. “Por isso, é de extrema importância que você não omita nada do profissional, para que ele esteja ciente tanto do seu caso clínico quanto da sua saúde em geral”, afirma o profissional.

Algumas dicas para evitar a hipoglicemia no dentista:

  • Alimente-se bem no dia da consulta
  • Pacientes com medicação contínua não devem deixar de tomá-los antes de ir para o consultório

Além disso, no consultório, o dentista poderá fazer um intervalo nas sessões de longa duração, aumentar o fluxo anestésico e deixar uma solução açucarada pronta à disposição do paciente.

“Temos muita atenção aos sintomas e reações dos pacientes durante os procedimentos, precavendo para que nada de anormal aconteça”, salienta o dentista.

Antes de qualquer procedimento, é importante que o paciente sane todas as dúvidas e questões com o profissional, além de informar sobre temas pertinentes sobre sua própria saúde.

O que é o diabetes?

Existem dois tipos de diabetes, o tipo I, quando o pâncreas deixa de produzir a insulina e, com isso, o açúcar no sangue sobe de forma súbita. Ou o tipo II, mais comum no Brasil, que ocorre quando o organismo não responde ou não produz insulina de forma correta. Dentre os sintomas estão a sede excessiva, cansaço, perda de peso e visão embaçada.