Pouco conhecido e falado, problema não tem tanta gravidade, mas pode comprometer a qualidade de vida do paciente
Quando falamos em saúde, pensamos em bem-estar, qualidade de vida e harmonia como um todo. E basta uma coisinha estar errada para desencadear inúmeros outros problemas. Com a saúde bucal não é diferente: pequenas protuberâncias na boca e na garganta devem ser levadas a sério.
Pouca gente conhece o termo cáseo amigdaliano, mas, de acordo com pesquisas, ele afeta mais de 30% da população. “Os cáseos amigdalianos são protuberâncias pequenas e esbranquiçadas ou amareladas que aparecem na garganta, próxima às amígdalas”, explica Sergio Correia, dentista em Curitiba.
Causa e sintomas dos cáseos amigdalianos
Acúmulo de alimentos e má higienização estão entre os principais fatores para a formação das protuberâncias, contribuindo para a proliferação das bactérias e para a calcificação das amígdalas, onde elas se alojam.
Uso constante de medicações que deixam a boca seca, acúmulo de mucos (como em casos de rinite e sinusite) e algumas células da boca também favorecem o surgimento de cáseos amigdalianos.
Entre os principais sintomas, destaque para as dores na garganta e ao engolir; mau hálito; dificuldades para ingerir alimentos e bebidas; e inchaço nas amígdalas. Não é incomum que venham acompanhado de alterações de sabor dos alimentos, ronco e dores nos ouvidos.
“Quanto maiores os cáseos, piores os sintomas para o paciente. Por isso, um diagnóstico precoce e a eliminação dos cáseos o quanto antes ajuda na qualidade de vida e evita consequências mais severas, como as infecções”, comenta Correia.
O dentista afirma que é possível enxergar os cáseos a olho nu ou por meio de instrumentos próprios, por isso a identificação é rápida e fácil, mas salienta que em hipótese alguma o paciente deve tentar removê-lo sozinho ou por conta própria.
“É uma região com importantes vasos sanguíneos e vasta irrigação. Uma remoção errônea pode resultar em sangramentos e inflamações graves”, diz.
Já ouviu falar na microbiota oral? Saiba mais sobre ela neste artigo.
Tratamentos para cáseos amigdalianos
Muitos casos não exigem intervenção, pois os cistos se desprendem sozinhos e são engolidos pelo paciente, que nem sequer os percebe. É possível, porém, adotar algumas práticas para acelerar o processo, como:
– Gargarejo com água morna e sal, 2 vezes ao dia, por cerca de 30 segundos.
– Ingerir bastante água ao longo do dia para evitar a falta de saliva.
– Higienização frequente e completa.
– Usar enxaguante bucal sem álcool diariamente.
– Ida periódica ao dentista, para limpeza, check-up e diagnóstico precoce.
Multidisciplinaridade
É preciso estar sempre atento, pois processos inflamatórios crônicos podem desencadear periodontites mais agressivas e até mesmo doenças oncológicas. Os quadros de infecção mais recorrentes podem sugerir uma cirurgia para a retirada das amígdalas, a amigdalectomia.
De acordo com estudos, não é comum a ligação entre cáseos e o surgimento de câncer na garganta, por exemplo, mas o problema não pode e nem deve ser negligenciado.
“O atendimento multidisciplinar é frequente no consultório odontológico. Ao sinal de qualquer irregularidade, o paciente é encaminhado para os profissionais especializados da área, sejam otorrinos ou oncologistas, e o acompanhamento é completo”, afirma Correia.
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