O que é erosão dentária?

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Desgaste natural dos dentes pode acontecer devido aos hábitos alimentares e estilo de vida

Você sabe o que é erosão dentária? O problema acomete crianças e adultos que têm os esmaltes dos dentes desgastados por ácidos não bacterianos. E de onde vem esse ácido que acaba com os dentes? Pode ser muito proveniente dos hábitos diários: alimentos e bebidas consumidos, chicletes e açúcares, e até mesmo de distúrbios, como bulimia, gastrites ou do inofensivo cloro da piscina de natação.

A erosão dentária pode se originar de diversas maneiras, mas as duas principais formas são a intrínseca, quando os dentes são afetados por ácidos gástricos produzidos pelo próprio organismo do indivíduo, que tem uma saliva com pH mais ácido. Este fator é mais observado em pessoas com vômitos recorrentes, gestantes, bulímicos.

E a extrínseca,  causada pela ingestão de alimentos ácidos, como frutas e refrigerantes, ou até mesmo remédios. Neste caso, vale a máxima “você é o que você come”. Mas, infelizmente, não é tão simples assim. Como dissemos, vários outros fatores podem causar a erosão dental, como a água da piscina, que tem um pH mais baixo, ou até mesmo a exposição à poluição.

“Quem sofre de erosão dentária tem mais sensibilidade e perda da coloração original dos dentes. É importante verificar rapidamente qual a causa para buscar a melhor forma de tratar ou minimizar os sintomas”, afirma Sergio Correia, dentista no Batel, bairro nobre de Curitiba.

Como acontece

Ao nos alimentarmos, o pH da boca fica mais ácido. Quem trabalha para neutralizá-lo é a saliva – por isso alertamos quanto à baixa produção de saliva ou boca seca. Mas, quando o hábito alimentar é incorreto ou a acidez da boca prevalece, nem mesmo os bons cuidados de higiene são suficientes.

Para saber se está com problemas de erosão dentária, basta observar:

Aumento da sensibilidade dental: com o desgaste do esmalte dentário, é provável que essa sensação cresça, principalmente com a ingestão de bebidas geladas ou ácidas;

Dente translúcido: com o esmalte mais fino, a tendência é que o dente fique translúcido, além de ter alterações em seu formato;

Exposição da dentina: que contribui para o aumento da sensibilidade e do amarelado na coloração dos dentes;

Cor amarelada: como abaixo do dente vem a dentina, que é amarelada, o mesmo passa a apresentar esta coloração com o desgaste.

O que fazer

O diagnóstico precoce agiliza o tratamento e a recuperação. Por isso, nos primeiros sinais de sensibilidade, é importante visitar o dentista para investigar qual a causa da erosão dentária, há quanto tempo os dentes estão expostos aos ácidos e qual a frequência.

Nos casos iniciais, o dentista pode indicar a melhor forma de recuperar os dentes e devolver o sorriso saudável. Com esse diagnóstico, já é possível pensar em medidas para evitar o progresso da erosão, como uma aplicação de flúor para aumentar a resistência ao ácido e tentar promover a remineralização.

Outras ações que podem ser tomadas é utilizar escovas macias e sempre com pastas com flúor e baixa abrasividade, e enxaguar os dentes após o consumo de bebidas ou alimentos ácidos.

“Mudanças no estilo de vida também são favoráveis, como evitar o consumo de determinados alimentos que interfiram no processo. Casos mais avançados dependem de restaurações ou, até mesmo, próteses”, salienta Correia.

Orientação multidisciplinar

Se possível, consulte outros profissionais da medicina para auxiliar no diagnóstico de problemas gástricos, como regurgitação, refluxo, distúrbios alimentares, que podem causar o aumento da acidez na boca, ou ainda ajustar a alimentação diária com um nutricionista, relatando os problemas recorrentes.

Entre os alimentos com risco de causar a erosão, podemos citar as frutas cítricas, como laranja, limão, abacaxi, além de vinhos e refrigerantes.

Acredita estar sofrendo com erosão dentária? Agende uma consulta e faça uma avaliação. Quanto antes diagnosticado, mais fácil a recuperação da saúde bucal.