Você tem fobia só de pensar em agendar uma consulta com o dentista? Saiba que você não está sozinho e que existe tratamento para isso
Você sabia que o simples pensar em ir ao dentista causa fobia em cerca de 15 a 20% da população brasileira? A fobia é um temor, uma inquietação angustiante frente a um risco imaginário.
Quanto maior o medo do dentista, maior a tendência em adiar as consultas e a incidência de cáries, placas de tártaro, patologias gengivais, perda de dentes e abscessos de forma nitidamente superior à média.
Entre as maiores preocupações de quem sofre com medo do dentista, estão:
– Medo da dor
– Do barulho da broca
– Do cheiro do consultório e dos produtos utilizados
– De ficar com a boca aberta durante muito tempo ou de ficar preso na cadeira odontológica
“Esse medo é clinicamente tratado como odontofobia, isto é, um profundo pavor de um atendimento odontológico”, explica o dentista Sergio Correia.
O que causa a odontofobia?
Na maior parte das vezes, a fobia vem de experiências anteriores, como um mau atendimento ou alguma ocorrência que torne o momento traumático. Isso pode ser por parte do profissional, do auxiliar ou da equipe, em relação ao consultório e até mesmo aos valores cobrados.
A fobia também pode surgir de forma indireta, com relatos de pessoas que foram a determinado consultório ou tiveram experiências ruins.
Medo do dentista tem tratamento?
É imprescindível que o medo de dentista seja diagnosticado e tratado o quanto antes, pois a postergação da consulta odontológica pode acarretar nos diversos problemas que já mencionamos acima.
Existem algumas maneiras de tratar a odontofobia ou qualquer medo do dentista, por meio de terapias comportamentais e medicamentosas. Técnicas de relaxamento, respiração, dessensibilização e até mesmo a hipnose podem auxiliar no tratamento.
Outra opção é a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), que ajuda as pessoas a desenvolverem estratégias para superar a fobia de dentista. Isso ocorre a partir de algumas questões:
– O conhecimento de que há uma diferença entre fobia e uma ansiedade normal;
– Da esquiva para escapar do mal-estar do estímulo fóbico (a pessoa chega a ir até a porta do consultório, mas vai embora);
– Da acentuada ansiedade de antecipação: só de pensar em ir ao dentista a pessoa entra em intenso sofrimento.
O medo do tratamento odontológico é irracional e é percebido pelo próprio indivíduo como exagerado e desproporcional, mas, quando diante da situação temida, não consegue deixar de sentir.
Por meio das técnicas da TCC, as crenças não verdadeiras e os raciocínios distorcidos em relação ao tratamento odontológico e ao medo de dentista podem ser modificados pelo acesso a pensamentos mais lógicos e realistas, desenvolvendo-se novas crenças, o que facilita a mudança psicológica e comportamental.
Outras técnicas da TCC propiciam aprendizagens determinantes para superar o medo. Aprende-se, por exemplo, a suportar a dor e a perceber que nem todo procedimento odontológico causa dor e os que causam, como a picada da agulha da anestesia, são suportáveis e nem tão dolorosos como se imagina.
E, finalmente, leva ao entendimento que a odontologia é a área da saúde que preserva e restaura o movimento mais lindo do ser humano: a harmonia do sorriso.
O que o paciente pode fazer para ajudar?
– Pesquise bem o consultório odontológico e a equipe que poderá atender. Caso necessário, entre em contato previamente para se familiarizar;
– Ouça músicas relaxantes enquanto espera. Se possível, leve uma bolinha antiestresse para tranquilizar. E não esqueça da respiração calma;
– Leve um acompanhante ou alguém de confiança junto à consulta.
Interessado em ser atendido com um dentista em Curitiba? Agende um horário na Clínica Sergio Correia.
(Texto com auxílio da psicóloga Lucia Helena Toscano de Oliveira (CRP 08/07322-6), especialista em TCC).